Dia 5 de novembro de 2006.
Rachel Payne, é em Londres a líder da capela Tremere nomeado já há algum tempo pelo pontífice Europeu para tal devido seus méritos. Rachel se opõe abertamente a qualquer tipo de manifestação que venha de Alice Braw. Obrigando seu clã a posicionar-se junto a Nunes por mera falta de opção ou pelo menos para ouvi-lo. Falta de opção porque Saurus, segundo rumores, parece ser o único anti-tribu Tremere de relevância. Sendo um inimigo nato do clã. Rachel, aciona o clã da cidade de Paris, num pedido de emergência e outros contatos fortes do clã para que neste momento em Londres os Tremeres mostrem-se fortes. Há na cidade em média 38 membros. 20 de Londres com mais 15 de Paris, sem contar um Pontífice Europeu e mais 2 anciões, um Espanhol e outro Alemão. E não é só, há o Jean Maurin líder da capela de Paris. Sem contar os membros fortes de cada cidade como Michel D’hávilla e outros. Ou seja, o clã está mais que preparada para qualquer tipo de empreitada contra o mesmo, vindo de onde for.
Alice, numa tentativa de reunir forças convocou os membros que pode no que ela mesma resolveu chamar de elísio. Há uma conversa individual membro a membro. E ela convida Ricoh para ser seu secretário. Sem muita escolha ele aceita.
Nossos Super Amigos apesar de terem voltado de Roma ainda estão
“Seu nome é David Daer, você tem aproximadamente 98 anos e lutou no exercito alemão na segunda guerra e é de lá que vem suas seqüelas de esquecimentos. Você foi general de uma tropa de infantaria especial de Hitler, responsável pela defesa de algumas bases. Quem o abraçou foi Willian Token, você o conhecerá. Ele poderá esclarecer algumas coisas a você. Estou ainda reunindo os membros nos quais você era responsável na época. Espero que nossa troca de fidelidade possa se estender.” – lhe revelou Saurus.
“Como saberei se está me falando a verdade?” – Perguntou Scott.
“Este é Willian Token, se quiser peça ao seu amigo Feiticeiro para fazer um ‘DNA’ com o sangue de vocês...” – ironizou Saurus.
Willian observou Scott por algum tempo. E disse:
- Imagino que não seja necessário, vamos conversar David.
Estranhamente Scott ao ser lembrado de velhos hábitos e antigas condutas suas. Foi sem controle falando
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Na noite
Nesta mesma noite, após as boas vindas de Nunes aos Tremeres o Ventrue teve oportunidade de exibir sutilmente suas estratégias políticas e de manipulação numa pomposa reunião. Com o termino, o clã Tremere sob o convite dos anfitriões partiram para a capela por volta das 23:30 para cuidarem de seus próprios interesses e cheios das diplomacias demasiadas dos Ventrue. No momento da partida da caravana com seus respectivos veículos, Alex é surpreendido por uma ligação as pressas de Scott alertando-os:
“Estou no refugio de Saurus, calma escuta, haverá às 00h em ponto um mega ataque de Saurus a cidade. Parece que ele quer marcar território, sei lá. O sinal para o início da porradaria é um apagão que deve se estender a noite toda. Se durar até 00’05’’, eu disse 00”05, significa que o ataque de Saurus babou. Mas, se permanecer a noite toda ele vai varrer a cidade atrás de muitos membros. Que? Você tá na rua? São 23:50h, num dá tempo de ir pra capela não, pára em algum lugar e se esconde aê. Tenho que desligar. Depois da pancadaria a gente se vê. Fui.”
Alex, avisou a D’havilla e todos do carro passaram a informação rapidamente aos 6 veículos do “comboio”. Os Membros, largaram seus veículos na via para observar o território. E rapidamente os carniçais estacionaram os carros para que os mesmos parecessem fazer parte daquela paisagem. Até que “Toof”, 00h. Tudo se apagou. Havia apenas um pequeno prédio residencial com 6 apartamentos médios. Pobre dos mortais que ali estavam. Ficou claro aos olhos dos carniçais o quão frágeis e inúteis o gado era. Havia 15 pessoas incluindo mulheres e crianças. Que em menos de 5 minutos estavam todos como zumbis parados, enfileirados e inexpressivos. Um dos carniçais sentiu certa repulsa de ser mortal naquele momento ao ver o banquete feito pelos Feiticeiros. Enquanto outros faziam movimentos estranhos. Giravam e pronunciavam palavras esquisitas. Deixavam estranhos objetos espalhados. Uns pararam, outros continuaram a caminhar de um lado para o outro com dizeres esdrúxulos. Até que por volta de 00’40” havia pleno silencio. E todos estavam de prontidão.
Mas onde estará Ricoh? Scott conseguiu avisa-lo a tempo e ele estava em seu refugio com Alfred. Tinha conseguido voltar do Conclave com a Alice Braw a tempo.
Até que houve uma seqüência de ensurdecedores estouros ouvidos a distancia. O silencio era tamanho que os estouros foram ouvidos a muitos quarteirões de distancia pelos Tremeres.
Ricoh preparou sua Magno e ajudou Alfred a se armar. Alfred tem pouca habilidade com armas, mas na atual circunstancia conseguiu se virar e montar guarda com seu mentor. Ricoh desconfiou da informação, por ser um policial e estar acostumado com as situações de risco e do quão dificultoso seria realizar tal operação
Em alguma horas de prontidão...nada aconteceu. Até que um grupo invadiu a casa de Ricoh que para ele lhe pareceu um exercito. A dupla tinha uma vantagem, conhecia o território.
Então, Ricoh conduziu Alfred rapidamente ao seu efetivo refugio. Um quarto no subsolo de sua casa um tanto claustrofóbico sem saídas de ar apenas com uma escada e a respectiva porta que os leva ao cômodo. Ricoh não sabia ao certo o que estava havendo ou mesmo o que estavam buscando, pois parecia se tratar de um enorme equipe da Swatt.
Não seria lá muito inteligente peitá-los. Mesmo com sorte faltaria balas
Ricoh ouve muitos passos e barulhos de gatilhos descendo as escadas de seu cômodo de forma cavalar, mas de repente o barulho cessa e um objeto é jogado. Com a pouca claridade que restava Ricoh o identificou e antes que ele estabilizasse no chão rico acertou um tiro na granada. O quarto ficou tomado de fumaça, destroços e sem nenhuma visibilidade. Ricoh protegeu Alfred atrás da sua cama de onde acertou o tiro. Sem nenhuma visibilidade. Os homens invadiram o quarto. Pareceram-lhe muitos, uma quantidade absurda de gente. Ricoh segurou Alfred e foi de encontro a todos os vultos. O bizarro era que dos muitos vultos que avistou praticamente todos eles foram facilmente derrubados. Alguns não apresentaram resistência, muito estranho mais seguiu, com toda sua força.
Cambaleou, mas passou. Quando chegou a escada bem destruída, viu que os que ali estavam não eram como os outros. Fingiu sinicamente surpreso e com toda sua ânsia liberou o seu poder. Sua desenvoltura foi tamanha que até os visinhos, sentiram-se inclinados com o poder do vampiro. Movidos de enorme simpatia e paixão pelo Membro os que estavam na escada baixaram a guarda. Ricoh os cumprimentou e pediu gentilmente que chamassem seu chefe. Sem pestanejar todos saíram em busca deixando o caminho livre.
Ricoh lança um sorriso sarcástico a Alfred e sobe as escadas, enquanto ouve uma voz com um inglês de sotaque oriental e de péssima pronuncia. Este por sua vez empurra os que ainda obstruíam a escada. E fala a Ricoh:
– Perdoe-me a intromissão e os danos ao vosso refugio Sr. Mauzzine, mas não sabia que o me esperava. “E nos dias de hoje nunca se sabe” (Piada interna, rs). Mas, para o SENHOR, enfatiza com imenso tom irônico o adjetivo, acredito não significar nada.
Ricoh desfaz o semblante de outrora observa Alfred sem entender porque sua influencia não o havia atingido e Alfred faz um gesto discreto indicando um minúsculo lenço que havia na gola da camisa do intruso. Ricoh esforça-se para não demonstrar sua raiva. Pois, aquele lenço tinha algo que Ricoh não compreendia, mas que bloqueava os efeitos da Presença.
O invasor lança a Ricoh um pouco de seu próprio veneno tentando influenciá-lo, mas não obtém sucesso e segue o desagradável papo como se não houvesse ocorrido.
Ricoh o interrompeu bruscamente e o olhou nos olhos e este mesmo sabendo se tratar de um Ventrue não se esforçou para desviar o olhar e provocá-lo mais ainda.
- Ricoh concentra-se e pergunta objetivamente – “O que você quer aqui?”
E aguardou uma resposta direta e tudo o que recebeu de volta foi mais uma tentativa frustrada do Membro de influenciá-lo novamente com a Presença. Ricoh, ainda mais confuso, lançou novamente o comando esforçando para não falhar. Para ele só podia ser isto. E novamente não obtém a resposta que deseja. Ricoh conhece sua disciplina muito bem e sabe que falhar uma vez “ok”, mas a segunda consecutiva seria praticamente impossível. Suspeitou que o vampiro fosse de uma geração mais elevada que a sua e concluiu que seria inútil bancar o ridículo mais uma vez.
O tom e o sorriso de canto de boca mais sarcástico do que nunca do Membro que pediu a Ricoh para acompanhá-lo fazia-o sentir-se atado as circunstancias, praticamente inéditas em sua vida. Ao chegar a sala mais uma vez percebeu uma tentativa do Vampiro de influenciá-lo. Só que desta vez quem não conteve o risinho sarcástico foi o próprio Ventrue, pois não era somente ele que estava se frustrando. Ainda mais quando percebeu que todos na sala estava sob sua influencia ainda.
Ricoh já sentia imenso repudio pelo Membro com quem negociava e este insistiu na conversa desta vez sem tentar nada avisando-lhe que Sauros gostaria de vê-lo. Ricoh explodindo de raiva. Pergunta ao oriental:
– Ah então você é o garoto de recados do Saurus? “Nos tempos de hoje”, ironiza, imagino que Saurus já tenha tomado conhecimento do telefone, sabia?!
– Ricoh, chega de desgastes por hoje, estamos sem tempo e você sem refugio né...Acho melhor vir conosco, pois se resolver sair nesta noite escura sem nossa companhia talvez possa perder algo mais que o refugio.
Ricoh se vê rendido. E segue até o carro e observa com mais raiva seus pertences destruídos. Faz um singelo sinal com o olhar pra Alfred permanecer onde está. Mas, quando o oriental percebe que Ricoh segue só. Ironicamente conta nos dedos e pergunta a ele “Acho que tá faltando mais um?” Ricoh, já não suportando-o responde: “O Charles, o Principe sabe, não mora aqui não.” O oriental responde: “ah...sim claro, então mande-me o mordomo dele mesmo, como chama mesmo, Alfred e grita – ALFRED!” Sem muita escolha o velho vem caminhando em direção ao mesmo carro.
Do veículo a visibilidade só era possível devido aos faróis. A posição deles no carro era respectivamente Ricoh, o oriental e Alfred. No banco dianteiro um homem bem armado. O oriental quebra o silencio e abre os braços em volta de Ricoh e de Alfred. Ricoh desencosta e Alfred fica imóvel. Mais uma vez o Membro lança seu poder e inesperadamente Ricoh percebe-se inclinado àquele Membro. Extinguindo toda a raiva, contida. Naquele momento, Ricoh o amava e o respeitava e também o temia. Era um misto de sentimentos incontrolável. Seu consciente dizia que aquilo não era possível. Mas, não tinha como reagir. Em algum momento iria passar. Então ele pergunta:
– Acho que agora Sr. Mauzinne vamos nos entender. Bem, entregue sua Magno e seu celular e peça ao seu vassalo para fazer o mesmo. E aproveite e vá me contando como conseguiu o Alfred e o que pretende com Nunes e um pouco se seus planos também.
Enquanto o Membro o ouve ele joga a munição de Ricoh pela janela e lhe devolve a Magnu e segue ouvindo e mexendo nos celulares e fazendo anotações. Lembrou também de pedir pro motorista ir sem pressa. Ricoh não conseguia entender como falava de coisas tão particulares a um ser daqueles como se fosse seu melhor aliado e desejava mais que tudo que aquela naturalidade passasse logo.
Ao chegar no destino Ricoh começou a retornar a si e fingiu estar sob a influencia do Vampiro. O que o Oriental não esperava era que Ricoh tinha outra munição em seu terno e antes que o Membro fizesse um movimento a cano da arma já estava em sua cabeça. O motorista e o homem da frente percebendo a situação, mas nada puderam fazer vendo a raiva do Ventrue que iria atirar sem medir consequência naquele momento. Os dois se olharam por alguns instantes. Com um tom de voz bem diferente do anterior o homem fala:
– Ricoh, matando-me agora sem dúvida não haverá como você escapar. Estamos aqui apenas para negociar algumas questões.
Ricoh manteve a arma pressionada sob a cabeça do Membro e vendo que ele estava certo a colocou no terno, mas não deixou de lhe demonstrar que ele podia manda-lo para o inferno ao levantar sua sobrancelhas.
Ricoh foi conduzido diretamente a Saurus junto com o Alfred.
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No prédio onde se encontram os Tremeres há um gesto bastante inesperado para o grupo que se preparou pra um ataque. Um homem caminha em direção ao prédio larga sua arma cuidadosamente no chão, põe as mãos na cabeça e vai em direção ao prédio. Ninguém entende exatamente o porque mais permitem que o individuo se aproxime. Ao entrar é surpreendido por D’havilla que o intercepta com toda a violência e fúria. Alguns gritam - DEIXE-O FALAR, DEIXE-O FALAR. D’havilla sede e o Vampiro pergunta sobre suas crianças e pede para que ele perguntem ao Alfred que ele pretende com elas e aconselha que Alex vasculhe com mais cuidado a sala da reitoria. Jonathan, telepaticamente pede a Alex que não dê credito estas besteiras e o mesmo não entende o porque, mas responde que iria sim vasculhar sua sala depois de tal cena. O homem se vira para Alex e lhe diz para investigar sua sala e deu detalhes minuciosos para provar o que falava e comprovar o que D’havilla lhe esconde. D’havilla farto de sua exposição na frente de todos empurra o Membro na parede apenas com um girar de dedos. E o deixa erguido como o homem vitruviano só que de cabeça para baixo todos fazem um semi-circulo atrás do Feiticeiro enfurecido. Que projeta duas enormes bolas de fogo bem próximo aos ouvidos do vampiro que não esconde o pavor e a eminência de um frenesi. D’havilla claramente iniciará um típico interrogatório Tremere com todos os recursos bastante persuasivos ali existentes e também aproveitou a oportunidade para exibir-se depois de tais colocações estapafúrdias humilhando aquele neófito até seu último instante. D’hávilla vasculhou parte de sua mente, lhe fez perguntas, mas não obteve existo, pois aquele infeliz sofrera tantas intervenções em sua mente que nenhuma respostas fazia sentido. Enfurecido, D’havilla o lança da parede por cima do grupo e arrebenta a porta com seu corpo e neófito correr com suas roupas
Na cabeça de Alex algumas questões ficaram obscuras. Por que D’havilla não quis permitir seu discurso? Por que Jonathan pediu para não dar credito? Por que D’havilla parecia querer fazer a todo custo aquele homem confessar de onde viera e quem o enviara? E por que o deixo ir vivo? E sem dúvida com aquela riqueza de detalhes de sua sala Alexander iria sim averiguar o que aquele homem falara.
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Scott é apresentado, ou melhor é re-apresentados aos seus Oficiais Superiores – os coronéis, tenentes e majores. E imediatamente pensa, “eu não era o chefe?”. E Willian responde que sim, que Scott tinha o posto acima do deles o de Oficial General. Scott fala alto – “General David Daer, soa bem!” E ali se inicia uma conversa entre o grupo.
Neste momento Ricoh fica muito feliz ao avistar Scott naquele enorme pátio numa conversa amigável. Eles trocam olhares e Scott percebe que a situação não é a mesma para o seu aliado. Pouco tempo depois, Ricoh volta e faz um sinal com a cabeça para Scott que em particular o Ventrue lhe conta o que acontecera e o que aconteceu ali.
Saurus ofereceu de bom grado um moderno apartamento que lembra um Bunker alemão a Ricoh, mas o Ventrue encarou como desculpa por ter destruído o seu, em troca pede seus serviços evidentemente e diz que não haverá importunações daquele nível e que foi apenas um desastroso engano.
No meio desta conversa há uma agitação no enorme galpão. E Scott olha no relógio e percebe que embora falte pouco pra noite acabar o ataque foi interceptado antes do previsto. Era para durar a noite toda, foi boa parte dela, imagino que não se concretizou tudo que Sauros esperava. Scott aproveita a oportunidade e se despede do grupo e parte com Ricoh para a nova residência junto com Alfred. Instantes depois que eles chegaram ao moderníssimo apartamento, toca a campainha. Scott resmunga sarcasticamente – VISITA ESSA HORA!
Alfred abre a porta e recebe um bilhete do serviço de quartos que diz:
“Muito bem” Ass.: Nunes
Todos tentam entender e interpretam o elogio como um pedido de espionagem a Saurus e Scott pragueja – Que palhaçada!